Domingo, Fevereiro 2, 2025
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Entrevista: Paulo Saçaki

A estreia no mundo olímpico fez o BMX se adaptar e importar algumas características de outras modalidades, tentando também preservar as suas. A montagem da seleção de park orientada por um técnico é uma das novidades que a entrada nos Jogos proporcionou.  Antes da seleção embarcar para a primeira etapa do Pré-olímpico, a gente bateu um papo rápido com o atual técnico da seleção, o Paulo Saçaki. 

Como foi a convocação para ser o treinador da seleção brasileira de BMX Freestyle?
Recebi o convite oficial direto do presidente da CBC em janeiro. Foi algo que já estávamos namorando desde o Brasileiro em dezembro, entre mim, atletas e CBC. Com certeza foi motivo de orgulho, fazer parte desse final de ciclo olímpico é empolgante demais!

Ter um treinador discutindo o que fazer na pista não é algo com o que a maioria dos bmx está acostumado. Como que você encara esse desafio ?
Eu vim do motocross, e um preparador/técnico faz muito diferença na vida do piloto. Estou encarando dessa maneira, tentando ajudar na parte física, técnica e psicológica com eles, estando perto ou longe. Fazendo com que eles possam se divertir e darem o máximo de si mesmo.

Teve algum programa de treinos para buscar os objetivos nos próximos eventos?
Estivemos juntos há poucas semanas aqui em Maringá treinando forte. Foi muito legal toda interação e parceria entre todos. Eu aprendi muito nessa área tendo eles aqui e eles também em sair um pouco da “zona de conforto”, que é treinar em outra pista, em outro local. Acredito que mais programas de treinos assim devem acontecer para evoluirmos juntos.

Sua primeira viagem como treinador foi pro Japão, conta um pouco dessa experiência para nós
Não foi das melhores experiências eu acredito, pois tivemos apenas 1 dia de evento, treinos e já competição direto. Clima super frio e chuvoso. Não consegui por em prática o que queria para o evento todo. Mas foi bom quanto a aprendizado, vi com outros olhos o evento como treinador e não atleta. Acho que disso veio coisas boas para por em prática.

Para você qual a importância do bmx ser considerado esporte olímpico?

Abre portas e o esporte tem mais visibilidade. Isso faz com que marcas invistam no Bmx, campeonatos aconteçam com mais frequência, mais pilotos possam viver mais do esporte, novos adeptos se interessem mais, e muito mais!

Percebemos que o Showtime está tendo uma demanda grande de shows, como está sendo para conciliar tantos compromissos?
De alguma forma estou conseguindo encaixar tudo. Nesse período de OQS não estou atrás de ficar vendendo shows, mas eles tem vindo até nós mesmo assim haha. Até mesmo teremos show enquanto estivermos na China (eu e o Bala) e os meninos aqui vão tocar, assim como já aconteceram outras vezes. O show é idealização minha, mas o Edinho, Vikin e o Dj Cleitinho também fazem parte e vivem de certa forma da renda disso, então o Showtime Bmx não pode parar!

Essa nova etapa afeta tua carreira como atleta? Pode continuar nas competições ou tem alguma restrição?
Não afeta em nada. Meu acordo é de poder competir nas Copas do Mundo e eventos que não interfiram na minha função como técnico. Nesse período de OQS eu estou mais tranquilo, tenho cumprido com as 3 vezes semanais na academia (isso não diminui o ritmo) e tenho andado muito de bike. Mas não com a intensidade de pré-competição, simplesmente me divertindo!

Algum recado, agradecimento
Peço a energia positiva de todos, que enviem mensagens para os atletas, e que torçam muito para podermos ver nossa bandeira lá em Paris!

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